Nômade Rei

Ontem fui dormir na casa da Marina e do Tiago. Eles moram em Campo Largo – PR e estavam indo pro show do ACDC. Me ofereceram a casa e eu aceitei. Fiquei lá, sozinhão esperando que eu sentisse algo inusitado já que estava fazendo algo, no mínimo, não esperado. Meu único compromisso era dar comida para os peixes na manhã de hoje, além, claro, de não explodir a casa. Correu tudo bem, o irmão do Tiago veio jogar videogame e xadrez comigo. Descobri o jogo Guita Hero, que, definitivamente não tenho coordenação para jogar...

Bão gente, é isso, fui recebido bem pra caramba, minha impressão é de que os campolarguenses são todos simpáticos. Eu podia usar o computador, dormir na cama deles e comer qualquer coisa que encontrasse. Além disso, todas as pessoas que apareceram lá foram duma simpatia enorme. Algumas até demonstravam vontade de fazer uma semana nômade também. (Minha casa está disponível para nômades do mundo... aliás, isso me dá a idéia de que poderia haver uma semana nômade coletiva – imagine dez neguinhos procurando uma casa para passar uma noite... ia ser legal). Mas tá, além da receptividade praticamente sem restrições ainda recebi o convite da mãe doTiago, sogra da Marina, de passar uma noite na casa dela, que mora nos fundos. Mas eu, como curitibano mala, fingi que era só por educação... Vejam só que contradição bizarra num nômade.

Gostaria também de registrar certo constrangimento da minha parte nesses dias diante da gigantesca hospitalidade dos meus anfitriões. Eles sempre me oferecem comida, chuveiro e colchão de excelente qualidade (pô, é luxo! Minha mãe me ligou essa noite para saber de mim e eu falei “Estou levando uma vida de Rei, fique despreocupada”). A Marina e o Tiago me deixaram até dormir na cama deles: fiquei hesitante diante disso. Acho íntimo demais poder dormir na cama dum casal... Dormi no sofá mesmo.

No sofá, um nômade Rei...

Valeu, negada. Tô querendo fazer um festa aqui em casa quando o período nômade findar. Beijo, me liga, preciso de mais três sofás.